Estudo Revela Benefícios da Terapia Cognitivo-Comportamental na Reincidência de Transtorno Afetivo Bipolar
Recaídas e reincidências são freqüentes durante o curso natural do transtorno afetivo bipolar. Geralmente a farmacoterapia é utilizada para prevenir essas recaídas, mas um número significativo de pacientes não estão protegidos por esses medicamentos. Poucos experimentos avaliam o impacto que a psicoterapia pode exercer nesses casos. Alguns estudos recentes mostraram que, através da psicoterapia, os pacientes com transtorno afetivo bipolar podem reconhecer os sinais de alerta para suas recaídas. Esses sinais podem preceder a síndrome semanas antes de sua total instauração. Portanto, uma detecção e intervenção preventiva podem tornar os sintomas mais amenos. A Terapia Cognitivo-Comportamental é usada, de modo a direcionar as habilidades do paciente para cooperar com a o transtorno bipolar e conseguir obter um melhor controle sobre seus sintomas. Lam DH et al. conduziram uma experiência randômica controlada para estudar o efeito da terapia cognitivo-comportamental na prevenção de recaídas na promoção de interação social em pacientes com transtorno afetivo bipolar.
Foram selecionados pacientes adultos com transtorno bipolar para se submeterem, ou não, à terapia cognitivo-comportamental. Todos os participantes atendiam aos critérios do Manual de Estatística e Diagnóstico de Distúrbios Mentais (4ª ed.) para o transtorno bipolar e tinham recaídas constantes, independente do uso de medicamentos estabilizadores do humor. Os pacientes com fortes sintomas residuais ou os que vivenciavam quadros agudos do distúrbio foram excluídos do estudo.
Assim, os pacientes que se enquadravam nos critérios de inclusão foram escalados aleatoriamente ou no grupo de terapia cognitiva (51 pacientes) ou no grupo de controle (52 pacientes). Os pacientes do grupo de controle receberam tratamento psiquiátrico básico, incluindo o uso de estabilizadores do humor na dosagem recomendável e acompanhamento psiquiátrico em consultório. Os pacientes escalados para a terapia cognitivo-comportamental receberam o mesmo tratamento psiquiátrico básico, além da terapia cognitiva. A terapia cognitiva incluía de 12 a 18 sessões individuais nos primeiros seis meses e duas sessões de reforço nos outros seis meses e sua indicação era para a prevenção da reincidência. Todos os participantes foram avaliados com o uso de vários questionários padronizados a cada seis meses durante o estudo.
Os pacientes do grupo de terapia cognitiva apresentaram um número significativamente menor de episódios bipolares, de dias em crise de bipolaridade e de freqüência desses episódios, quando comparados ao grupo de controle. O grupo de terapia cognitiva também apresentou menos sintomas de desequilíbrio do humor e obteve um nível de desempenho social maior do que os dos pacientes do grupo de controle. Além disso, os pacientes que receberam terapia cognitiva lidaram melhor com os sintomas maníacos e tiveram menos oscilações desses sintomas.
Os autores concluíram que a terapia cognitivo-comportamental voltada especificamente para prevenir reincidências em pacientes com transtornos bipolares reduz significativamente os sintomas e melhorar o desempenho social. A terapia cognitiva também traz resultados positivos quando combinada com a farmacoterapia. Isto é particularmente observado em pacientes com recaídas freqüentes dos sintomas bipolares.
(Autor: KARL E. MILLER, M.D. - tradução: M. Cardoso - fonte: American Family Phisycian)
Foram selecionados pacientes adultos com transtorno bipolar para se submeterem, ou não, à terapia cognitivo-comportamental. Todos os participantes atendiam aos critérios do Manual de Estatística e Diagnóstico de Distúrbios Mentais (4ª ed.) para o transtorno bipolar e tinham recaídas constantes, independente do uso de medicamentos estabilizadores do humor. Os pacientes com fortes sintomas residuais ou os que vivenciavam quadros agudos do distúrbio foram excluídos do estudo.
Assim, os pacientes que se enquadravam nos critérios de inclusão foram escalados aleatoriamente ou no grupo de terapia cognitiva (51 pacientes) ou no grupo de controle (52 pacientes). Os pacientes do grupo de controle receberam tratamento psiquiátrico básico, incluindo o uso de estabilizadores do humor na dosagem recomendável e acompanhamento psiquiátrico em consultório. Os pacientes escalados para a terapia cognitivo-comportamental receberam o mesmo tratamento psiquiátrico básico, além da terapia cognitiva. A terapia cognitiva incluía de 12 a 18 sessões individuais nos primeiros seis meses e duas sessões de reforço nos outros seis meses e sua indicação era para a prevenção da reincidência. Todos os participantes foram avaliados com o uso de vários questionários padronizados a cada seis meses durante o estudo.
Os pacientes do grupo de terapia cognitiva apresentaram um número significativamente menor de episódios bipolares, de dias em crise de bipolaridade e de freqüência desses episódios, quando comparados ao grupo de controle. O grupo de terapia cognitiva também apresentou menos sintomas de desequilíbrio do humor e obteve um nível de desempenho social maior do que os dos pacientes do grupo de controle. Além disso, os pacientes que receberam terapia cognitiva lidaram melhor com os sintomas maníacos e tiveram menos oscilações desses sintomas.
Os autores concluíram que a terapia cognitivo-comportamental voltada especificamente para prevenir reincidências em pacientes com transtornos bipolares reduz significativamente os sintomas e melhorar o desempenho social. A terapia cognitiva também traz resultados positivos quando combinada com a farmacoterapia. Isto é particularmente observado em pacientes com recaídas freqüentes dos sintomas bipolares.
(Autor: KARL E. MILLER, M.D. - tradução: M. Cardoso - fonte: American Family Phisycian)
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