Distúrbios Alimentares
O QUE É O DISTÚRBIO ALIMENTAR?
O distúrbio alimentar é um hábito irregular de alimentação, que apresenta características como: comer em excesso, não se alimentar o suficiente ou utilizar meios pouco saudáveis para se livrar da comida ingerida. Só nos Estados Unidos, estima-se que 8 milhões de pessoas sofrem de distúrbios alimentares – alguns mais amenos, outros fatais. Esses distúrbios geralmente encontram-se classificado em uma das seguintes categorias: Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa ou Compulsão Alimentar. O tratamento, em geral, envolve a terapia comportamental (ou terapia cognitivo-comportamental) e pode exigir o acompanhamento de um médico, um psiquiatra e/ou um nutricionista.
O QUE É A ANOREXIA NERVOSA?
A Anorexia Nervosa é um distúrbio caracterizado por grande perda de peso, provocado pelo medo de engordar, e por métodos de alimentação errados. Costuma ser considerada como um distúrbio de mulheres jovens. Aproximadamente, 90 a 95% dos casos envolvem mulheres, conforme dados da Associação Americana de Psiquiatria.
SINAIS QUE ALERTAM PARA A ANOREXIA NERVOSA:
- Começar subitamente uma dieta, estando visivelmente abaixo do peso.
- Continuar insatisfeita com o peso ou com a aparência do corpo, apesar de excessiva perda de peso.
- Obsessão em relação ao peso e uso freqüente da balança.
- Evitar certos alimentos, especialmente carboidratos, gordura, açúcar ou carnes que podem engordar.
- Excesso de exercícios físicos.
- Consumo abusivo de dietéticos como: refrigerantes, café, chicletes, sorvetes, etc. para saciar a fome.
- Irregularidade no ciclo menstrual.
- Isolamento social e ausência na hora das refeições.
- Preocupação excessiva com os hábitos alheios e obsessão por preparar ou recomendar alimentos para outras pessoas.
- Tendências comportamentais ritualísticas na forma de se alimentar: jejum, vegetarianismo, dieta de uma única refeição, picar alimentos em pedaços pequenos, aumentando o volume da carne no parto e ingerindo pouco.
- Guardar ou esconder comida.
- Problemas de atenção e concentração.
- Pele ressecada e áspera.
- Temperatura corporal irregular (ex: corpo está sempre frio).
O QUE É A BULIMIA NERVOSA?
A Bulimia Nervosa é quando a pessoa se entrega a um consumo exagerado de comida e tenta expurgá-la depois. Geralmente, come em grandes quantidades, sentindo-se culpada, tem necessidade de eliminar o que ingeriu, seja induzindo o vômito, tomando laxantes, exercitando-se compulsivamente ou jejuando.
SINAIS QUE ALERTAM PARA A BULIMIA NERVOSA:
- Preocupação obsessiva com o peso.
- Levantar-se da mesa, por várias vezes, durante as refeições, ou imediatamente após.
- Desaparecimento inexplicável de grandes quantidades de comida, sob total negação, quando perguntada. Esses alimentos geralmente são de altos valores calóricos, como doces e carboidratos. (Hábitos alternados entre jejum e excesso de comida).
- Consumo rápido e excessivo de alimentos, que ocorre geralmente longe das pessoas.
- Excesso de exercícios físicos para compensar a ingestão de calorias.
- Ingestão de medicamentos para emagrecer, laxantes ou diuréticos; queixas de prisão de ventre.
- Uso de medicamentos ou fórmulas eméticas, como xarope de Ipecac (fitoterápico derivado da planta ipecacuanha) ou água morna com sal.
- Inchaço do rosto (glândulas parótidas) e das glândulas salivares.
- Aparecimento súbito de cáries dentárias (causada pela acidez estomacal que afeta o esmalte dos dentes).
- Olhos injetados e vermelhidão pelo esforço do vômito.
- Pequenos furtos de dinheiro para comprar comida, movida pela compulsão.
- Outros quadros de vício/compulsão (ex: álcool, cocaína, etc.)
O QUE É A COMPULSÃO ALIMENTAR?
A exemplo dos anoréxicos e dos bulímicos, as pessoas com este problema são vítimas de um comportamento compulsivo. São os que comem compulsivamente, seja de uma só uma vez, ou em quantidades menores por horas. Essas pessoas geralmente estão bem acima do peso normal ou são obesas, e costumam não comer muito na frente dos outros, para esconder seu comportamento irregular. Diferentemente dos bulímicos, no entanto, os compulsivos alimentares não compensam o excesso de ingestão de comida através do expurgo.
SINAIS QUE ALERTAM PARA A COMPULSÃO ALIMENTAR:
- Comer demais regularmente ou beliscar ou ingerir pequenas quantidades de comida por um longo período de tempo.
- Tentar esconder das pessoas a vontade de comer demais.
- Aparência obesa ou acima do peso.
- Várias tentativas frustradas de fazer dieta.
- Comer demais e com freqüência em situações de estresse.
- Comer inicialmente para se sentir melhor, sentindo-se muito pior depois.
As vítimas do distúrbio alimentar podem desenvolver sérios problemas de saúde, incluindo distúrbios cardíacos, renais e hepáticos, além de úlceras intestinais, lesões estomacais, rompimento do esôfago, desidratação, erosão dos dentes e da gengiva e desequilíbrio eletrolítico. O resultado pode ser uma deterioração crônica do corpo e até mesmo a morte.
TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS ALIMENTARES:
Os distúrbios alimentares surgem a partir de problemas psicológicos causados por imposições culturais e por pressões sociais, juntamente com perda de auto-estima.
Os métodos da Terapia Cognitivo-Comportamental em sessões psicoterápicas individuais é muito recomendado para esse tipo de desordem. A Literatura tem mostrado que este parece ser o tipo de tratamento mais eficaz.
Geralmente o profissional avalia inicialmente o paciente, para ver que nível de tratamento será necessário e para elaborar com ele o plano de tratamento. Este plano pode ser feito em conjunto com um médico, podendo também incluir um nutricionista e de um psiquiatra, para possíveis usos de medicamentos, dependendo do caso. Os anti-depressivos costumam ajudar muito em todos os tipos de distúrbio alimentar, mas é o cliente que deve decidir se ele prefere usar o medicamento como parte do tratamento.
Após traçar um plano de tratamento, a rotina usual é encontrar o paciente uma vez por semana, pelo menos, e, nessas sessões, discutir sobre o que ele pensa, acredita e sente em relação a comida, comportamento alimentar e controle de peso. Também é importante ajudar o paciente a desenvolver uma maior assertividade e incentivá-lo a aumentar sua auto-estima.
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